Com a chegada da tecnologia e a da internet muita coisa mudou, inclusive na educação. A educação a distância, conhecida como EAD, é o resultado dessas mudanças.

Se fazer uma graduação parecia fora de realidade diante das dificuldades financeiras ou até por conta da demanda do dia a dia, agora com os cursos a distância, é possível conseguir um diploma e conquistar o desejado crescimento profissional. 

Nesse artigo vamos entender o que é e como funciona a EAD. Acompanhe!

O que significa EAD? 

EAD é a sigla para ensino a distância, utilizada para identificar a modalidade de ensino ocorrida em ambiente virtual, ou seja, sem a necessidade de presença física em uma universidade. 

Nesta modalidade de ensino, as interações comuns e necessárias para a aprendizagem acontecem de forma online, e o aluno tem atividades e avaliações a cumprir, como nos cursos presenciais. Sendo assim, por se tratar de um modelo online, o aluno pode organizar sua própria rotina e turnos de estudo, sem precisar cumprir horários estabelecidos de aula. 

Com a ascensão recente da modalidade EAD, diferentes formatos passaram a existir. De forma geral, hoje as possibilidades de formação oferecidas pelas instituições neste modelo são diversas, com destaque para: 

Como o EAD surgiu? 

Atualmente o EAD já é considerado uma modalidade consolidada no Brasil. De acordo com o censo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) de 2019, em 10 anos a modalidade teve salto de 378,9% em matrículas de ingressantes, e este número continua aumentando. 

São mais de 1.800 cursos, desde o ensino fundamental até a pós-graduação, que atendem quase 4 milhões de pessoas em todo território nacional. E cada vez mais, universidades se especializam em implantar diferentes modelos de EAD para atender a todas estas pessoas, como por exemplo: 

  • Cursos predominantemente a distância, com encontros presenciais obrigatórios. 
  • Cursos semipresenciais, que promovem encontros semanais. 
  • Disciplinas a distância de cursos de graduação presenciais. 

A tendência é que a experiência de aprendizagem seja cada vez mais híbrida. Ou seja, uma pessoa pode fazer um curso presencial e ter uma carga horária de atividades a distância.

Um estudante que optar por um curso em EAD pode passar por uma experiência tão rica de contato com seus professores e colegas que acaba prevalecendo a sensação de presença e proximidade no processo de ensino e aprendizagem. 

EAD no mundo 

No ano de 1728, em Boston, nos Estados Unidos, um anúncio inusitado circulava nos jornais da cidade. O professor Caleb Phillips estava oferecendo um curso de Taquigrafia, uma técnica inovadora para escrever à mão de forma rápida, usando códigos e abreviações. O curso era destinado a pessoas de todo o território nacional, pois os materiais seriam enviados semanalmente pelos correios. Este foi o primeiro registro da história de um curso a distância no mundo. 

Mais de cem anos depois, em 1833, na Suécia, a universidade da cidade de Lund oferecia um curso de composição por correspondência. Em 1840, na Inglaterra, começava um curso também de Taquigrafia voltado para a anotação de passagens bíblicas, em que o professor Isaac Pitman incentivava os alunos a escreverem postais com textos abreviados. 

Se hoje podemos aprender novas línguas em aulas particulares com professores pela internet, é interessante saber que as experiências pioneiras neste campo surgiram em 1856, na Alemanha. Ou seja, já era possível aprender outro idioma a distância usando esta metodologia há mais de 160 anos.

EAD no Brasil 

No Brasil, o EAD surgiu com cursos de qualificação profissional. O registro mais remoto é de 1904, com um anúncio nos classificados do Jornal do Brasil de um curso de Datilografia (para usar máquinas de escrever) por correspondência.  

Um tempo depois, nos anos 20, o Brasil já contava com os primeiros cursos transmitidos pelas ondas do rádio, a novidade tecnológica da época. Os estudantes utilizavam material impresso para aprender Português, Francês e temas relacionados à radiodifusão. 

Nas décadas de 1940 e 1950 começaram os cursos mais formais, sobre temas profissionalizantes, liderados pelo Instituto Monitor, depois pelo Instituto Universal Brasileiro e pela Universidade do Ar, patrocinados pelo Senac e pelo Sesc. Até hoje algumas dessas instituições permanecem ligadas à formação profissional através de cursos à distância. 

Nas décadas de 1960 e 1970 surgiram várias iniciativas de EAD em projetos para ampliar o acesso à educação, promover o letramento e a inclusão social de adultos.  

Com o passar do tempo, os cursos agregaram outros níveis de ensino, como o fundamental completo. E no final da década de 1970 começou, em Brasília, a primeira experiência de EAD nos cursos superiores. 

Nesse período, muitos brasileiros já acompanhavam os telecursos, transmitidos pela TV. Esse modelo de ensino convivia com os formatos antigos, como o material impresso e o rádio, uma característica que se mantém até os anos 90.  

Em meados da década, as instituições passaram a utilizar a internet para publicar conteúdos e promover interações.  Foi nesse período que várias universidades formalizaram suas iniciativas EAD, até culminar com a criação, em 1996, da Secretaria de Educação a Distância (SEED), do Ministério da Educação (MEC).

Naquele mesmo ano o EAD no Brasil passou a contar com uma legislação abrangente que hoje garante, por exemplo, a validade de diplomas emitidos pelos cursos nesta modalidade. 

Como funciona o EAD? 

O ensino à distância trouxe mudanças significativas para tornar o acesso ao conhecimento mais fácil e possível. Isso vale especialmente para os de graduação EAD, um passo estratégico para quem deseja construir uma carreira ou avançar profissionalmente em uma área que já atua.  

Para quem optar por este formato, o funcionamento é prático e simples. Vamos por partes? 

  • Ingresso / Processo seletivo 

Os procedimentos de ingresso não são muito diferentes dos já conhecidos para as modalidades presenciais, com processos seletivos que podem variar conforme a instituição – é preciso se informar junto à instituição escolhida. A diferença é que, depois de matriculado, o aluno recebe acesso à plataforma de ensino disponibilizada pela universidade. 

  • Plataforma de ensino 

A plataforma de ensino recebe o nome de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e nada mais é do que o espaço online onde a maior parte do curso ocorrerá. Para acessá-la, basta que o aluno tenha um com acesso à internet e conhecimentos básicos de informática.  

As plataformas são ambientes dinâmicos e intuitivos em que são disponibilizadas as principais ferramentas para o aluno, como os conteúdos das aulas em diferentes formatos (como textos, e-books e vídeos), exercícios e trabalhos, que guiarão todo o processo de aprendizagem.  

Nelas, também é possível acessar o calendário acadêmico e ver as datas e prazos das atividades. É comum ainda que os ambientes contenham áreas para interações entre alunos e corpo docente, como chats ou grupos de estudo. 

  • Polos de Apoio Presencial 

Ainda que se trate de um modelo de educação online e a maior parte do curso ocorra dessa maneira, as instituições de ensino podem contar com os chamados Polos de Apoio Presencial para realizar diferentes tipos de encontros presenciais, como para apresentação de trabalhos, realização de provas finais ou aulas práticas em laboratórios. 

Por conta dessa característica, é importante que o interessado em um curso se informe junto à instituição sobre a obrigatoriedade da presença para observar o polo mais próximo de sua região e verificar se há viabilidade para comparecimento quando necessário. 

  • Diploma 

O MEC (Ministério da Educação), órgão responsável pela regulamentação e fiscalização do ensino no país, avalia todos os cursos existentes no Brasil seguindo os mesmos critérios e com o mesmo rigor, sejam eles presenciais ou a distância. 

Isso significa que para instituições devidamente regulamentadas pelo MEC, o diploma obtido em modalidades EAD tem exatamente a mesma validade de um diploma obtido por cursos presenciais. Ou seja, na prática do mercado de trabalho, não há comparação entre profissionais formados em curso a distância ou presenciais. 

Quem pode estudar a distância? 

Qualquer pessoa pode estudar a distância, desde que seja aprovada no processo seletivo da instituição. Sendo assim, a modalidade EAD é uma ótima opção para:

  1. Pessoas que não possuem muito tempo livre durante o dia para frequentar aulas, seja pela rotina de trabalho ou em casa; 
  1. Pessoas que enxergam o aspecto financeiro como principal entrave para realizar uma graduação. 

No primeiro caso, a flexibilidade oferecida pelo EAD permite que o aluno adapte sua própria rotina para encaixar os estudos conforme for ideal – com boas doses de disciplina e organização, essa é uma excelente saída para conseguir a graduação. 

Já no segundo caso, com uma simples pesquisa é possível perceber que os cursos a distância são mais acessíveis que cursos presenciais, sem perder em qualidade, quando escolhida uma instituição de ensino séria e devidamente reconhecida pelo MEC. 

Como saber se um curso EAD é reconhecido pelo MEC? 

O Ministério da Educação possui um site, onde é possível verificar se universidades, faculdades ou quaisquer outras instituições de ensino superior têm o devido reconhecimento pelo MEC. Além disso, nesse site também é possível encontrar os atos autorizativos, que são os regulamentos que permitem que essas instituições atuem no ensino superior e gerem diplomas profissionais. 

Onde estudar EAD? 

O EAD vem crescendo, e com ele o número de cursos e universidades especializadas nesta modalidade. Isso ocorre, pois além da autonomia sobre seu próprio aprendizado, este tipo de curso oferece ao estudante mais praticidade e flexibilidade de horários para estudar de acordo com a sua rotina.  

Além disso, em comparação com os cursos presenciais, o EAD representa uma grande economia nas mensalidades. Mas esse não pode ser um fator para decidir qual universidade cursar.

Na hora de escolher, procure instituições de ensino com diploma reconhecido pelo MEC. O diploma de faculdade EAD reconhecida pelo MEC vale tanto quanto o presencial, e é respeitado no mercado de trabalho em todo território nacional. 

Confira algumas instituições autorizadas pelo MEC que oferecem cursos a distância: 

  • Faculdades Anhanguera Educacional
  • Universidade Norte do Paraná (Unopar)
  • Universidade Estácio de Sá 
  • Universidade Cruzeiro do Sul  

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