Após muitas mudanças no cronograma, devido a pandemia do coronavírus e, consequentemente, ao distanciamento social, foi marcada a primeira edição do Enem Digital. Esse novo formato muda o panorama da prova de vestibular mais importante do país.
Fique conosco nesse artigo e descubra as diferenças entre Enem impresso e Enem digital.
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Como é o Enem Impresso?
O Enem foi criado em 1998 para avaliar o desempenho dos alunos do ensino médio de todo o Brasil, tanto de escolas públicas, quanto particulares. Mas foi em 2009 que ele ganhou uma importância ainda maior, quando passou a ser utilizado como processo seletivo de universidades públicas e programas do governo, como o Sisu, Prouni e Fies. Hoje, é uma das provas mais importantes da vida de qualquer jovem em idade escolar.
O Enem impresso é a versão tradicional da prova, que acontece desde 1998. O exame acontece em local já pré-determinado e os alunos precisam chegar com antecedência ao local de prova para achar encontrar seu lugar e se acomodar.
Além disso, há uma série de estrições visando a segurança da prova, como a proibição de aparelhos eletrônicos e instruções para quais materiais e objetos são permitidos levar no Enem.
O candidato recebe caderno de prova com espaço para redação e folha de resposta. Por fim, o estudante tem no máximo 5 horas para realizar todas as questões, além de também não poder sair antes do tempo mínimo estimulado, que geralmente é de 2 horas. Tudo isso, claro, sempre supervisionado por fiscais credenciados.
Nas últimas edições as provas foram realizadas em dois domingos: no primeiro o aluno recebe um caderno de prova com questões de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas e a Redação. Assim, no segundo domingo é a vez das provas de Ciências da Natureza e Matemática. Todas as matérias têm 45 questões cada.
Como é o Enem digital?
Em 2021 foi realizada a primeira aplicação do Enem Digital, que é uma versão atualizada e mais dinâmicas da prova. As matérias, número de questões e tempo de prova serão os mesmos do Enem impresso.
O exame feito de forma digital vai permitir que as questões sejam mais ricas de materiais, como infográficos coloridos, vídeos e outros conteúdos que se tornarem interessantes para a questão. Assim, há também uma economia com a impressão de papel e um ganho para o meio ambiente. Somente em 2019, mais de 10,2 milhões de provas foram impressas para o Enem.
O Enem Digital também conta com local de prova específico e fiscais durante todo o período. O projeto piloto da prova digital será aplicado de forma voluntária para os interessados, que sinalizaram o seu interesse durante a inscrição para a prova. A princípio o MEC tinha anunciado 50 mil vagas nesse primeiro ano, mas o número foi atualizado para 100 mil.
O Enem Digital foi aplicado nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro e esteve disponível em 15 capitais:
- Belém (PA);
- Belo Horizonte (MG);
- Brasília (DF);
- Campo Grande (MS);
- Cuiabá (MT);
- Curitiba (PR);
- Florianópolis (SC);
- Goiânia (GO);
- João Pessoa (PB);
- Manaus (AM);
- Porto Alegre (RS);
- Recife (PE);
- Rio de Janeiro (RJ);
- Salvador (BA);
- São Paulo (SP).
Como funciona o Enem digital?
O Enem Digital utilizou uma dinâmica muito similar ao Enem presencial. Apesar de digital, a prova não será feita em casa. O candidato deve escolher um dos locais de prova indicados na inscrição e lá terá um computador preparado com a plataforma para fazer a prova. Todas as questões, inclusive a redação, serão realizadas através dessa plataforma.
Os computadores serão preparados para impedir a abertura de outros programas durante a realização do exame, como navegadores de internet, por exemplo. Em caso de problemas logísticos na aplicação digital, o participante poderá participar da reaplicação, que será feita em dezembro, junto com a aplicação para pessoas privadas de liberdade, que já acontece todos os anos.
Quem pode fazer o Enem digital?
A prova digital poderá ser feita por qualquer um dos candidatos das capitais acima citadas. Como a versão digital é opcional e com vagas limitadas, caso haja mais candidatos que vagas, a escolha dos participantes seguirá o critério de ordem de inscrição.
Diferença entre Enem digital e Enem impresso
As provas, além de acontecerem em datas diferentes, também terão conteúdos diferentes, com intuito de evitar fraudes. Mas lógico, o nível das provas e critérios de avaliação são os mesmos, para que nenhum candidato saia prejudicado.
As duas versões do exame serão realizadas aos domingos de forma presencial, e o valor da taxa de inscrição é o mesmo. Candidatos puderam pedir a isenção de taxa para os dois casos, como nos anos anteriores, caso tenham os requisitos necessários para essa isenção.
Segundo o Inep, a prova digital deve ser mais interativa, uma vez que pode utilizar vídeos, infográficos e até mesmo jogos.
Como será nos próximos anos?
O Enem 2020 foi a edição onde ocorreu a primeira aplicação do Enem Digital, justamente por isso o número de candidatos que irão realizar essa modalidade do exame é baixo se comparado ao número total.
A ideia é que a aplicação do Enem Digital deve ser progressiva para que em 2026 todas as provas já sejam digitais. O objetivo é que até lá sejam aplicadas ao menos 4 provas regulares ao ano. Assim, os alunos não precisarão esperar até o ano seguinte para uma próxima oportunidade. A previsão é de que a prova digital seja aplicada uma vez em 2020, duas vezes em 2021, aumentando a quantidade gradualmente até 2026, ano em que ela deve ser exclusivamente digital.